terça-feira, 10 de setembro de 2013

Portugal: As surpreendentes bochechas de porco preto

Primeiro dia em uma cidade é sempre complicado.  Muitas coisas para fazer e caminhos errados são frequentes. Decidimos não inventar e ir na dica de amigos.  Buscamos o primeiro restaurante: fechado.  O segundo: férias coletivas. Andávamos em uma praça quando um portuga falou baixinho para conhecermos o restaurante dele. Geralmente, não curtimos esse tipo de abordagem, mas o rapaz foi tão discreto que fomos.

Populis era o nome e foi ótima e inusitada a experiência. Hérica foi no certo e pediu um tradicional bacalhau confitado com purê de grão de bico e bok choy (tipo una couve).

Eu, que sempre me sacrifico pelo Pra Viagem, pedi bochecha de porco preto com gratinado de batatas e espinafre com ervas jus (sim, você está lendo um blog de comida e não de macumba). 

Você já viu Babe, o porquinho atrapalhado? Aquelas bochechas rosadas e fofas também são deliciosas. Provavelmente a melhor coisa que comi em Portugal. Macio, saboroso, lembra, levemente, um bife de coração de galinha. Largue o preconceito e vá com fé. A experiência é sensacional e vale muito a pena.

Rodrigo Stafford

Portugal: A Francesinha do Porto



Confesso que nunca havia ouvido falar em francesinha. Muito menos comido uma. Claro que gastronômicamente falando. Vi em alguns lugares em Lisboa, mas só fui experimentar no Porto.

Comparar ao joelho (italiano em algumas partes do Brasil) é uma ofensa, embora os dois sirvam como lanche.  A francesinha é uma bomba de Hiroshima enquanto o joelho é um estalinho.


Em um molho vermelho apimentado,  o sanduíche está no meio, coberto de queijo derretido.  É lindo e aparece inofensivo, mas o recheio...Meu Deus! Tem bife, ovo frito, bastante linguiça,  mais queijo, presunto e pão de forma. Ufa! É bem gostoso, mas diminui a expectativa de vida em três meses a cada mordida.  Acho que só ali foram três anos meus.


Rodrigo Stafford

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Argentina: Bichos escrotos voltem para o esgoto em Palermo


Sem idéia de onde ir decidimos por Palermo. Destino: Las cabras. O restaurante é muito bonitinho com um estilo meio rústico, os pratos são tábuas e é de bom gosto.

Sentamos em uma mesa do lado de fora e começaram os problemas. Eles não aceitam cartão, apenas dinheiro. Mas o pior não é isso. Pedi um suco de laranja e os insetos, que mais pareciam aquelas mosquinhas de banana infestaram a bebida. Reclamamos e mudamos de mesa.


Do lado de dentro do restaurante alguns insetos insistiam em ficar sobre a mesa, mas agora contávamos em unidades e não mais dezenas.

Na parte gastronômica, ficamos a ver navios. Eu pedi o Gran Bife Las Cabras: Bife de chorizo, arroz, fritas, purê de abóbora, cebola, queijo assado e pimentões assados. O custo beneficio foi ótimo. Por 73 pesos, o prato satisfaz qualquer peão de obra.

Hérica pediu uma truta, mas não curtiu. Achou seca, com muitas espinhas e sem gosto.

Todo o encanto do lugar ficou em segundo plano depois de tantos insetos.





sexta-feira, 29 de março de 2013

Argentina: Sexta Santa na terra do Papa Francisco

Las Cañitas é um bairro que não pode ficar fora do roteiro de quem vem a Buenos Aires para comer bem. A Calle Báez é um charme e tem cafés, restaurantes e bistrôs bastante convidativos. Dá pra passar uma tarde lá, indo de um lugar para o outro. Foi o que decidimos fazer na nossa Sexta-feira Santa.

Começamos no El Primo, atraídos por um prato que o Rodrigo viu do táxi. Eu pedi sorrentino (uma espécie de ravioli) de salmão com molho rosé (com tomate de verdade!). Apesar de estarmos na terra do Papa Francisco - reverenciado em várias janelas com bandeiras do Vaticano - minha escolha teve menos a ver com a data católica do que a necessidade de dar um tempo na carne, depois de ter exagerado por dois dias. A massa estava uma delícia, então acho que minha decisão foi abençoada.

Meu marido herege - e carnívoro - foi de bife de chorizo, com molho chimichurri, e batata frita com cebola. Segundo ele, estava divino.


Para acompanhar, bebemos um vinho rosé geladinho, que caiu bem na linda e agradável tarde de sol.

Saindo dali, só precisamos dar alguns passos para encontrar uma sorveteria Freddo - dica tão batida quanto obrigatória. Fomos de dulce de leche, claro. Como sempre, o paraíso em forma de sorvete.

Mais adiante, entramos na Tienda de Cafe para tomar um expresso. Além do ambiente bonitinho, o café vem com um delicioso chocolate italiano. De comer ajoelhado!

Deus nos perdoe da nossa gula - e de tanto trocadilho infame!












Argentina: Cuidado com a hora em Buenos Aires

A Argentina é um polo gastronômico do mundo, mas tem horários severos. Chegamos ao hotel após as 16 horas e para comer só nos sobrou o Burger King.

Explico: em Buenos Aires, grande parte dos restaurantes fecha às 16h e só abre novamente às 21h para o jantar. Fica a dica.