quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Churrasco grego com um tempero poderoso


Quando você está com muita fome tudo o que você precisa é de comida rápida e farta. E depois de andar o dia todo por Atenas com apenas o café da manhã, um suco de frutas vermelhas e um capuccino no estômago paramos Meatmeatmeat para um "almojanta".

Já passava das 19h e estávamos voltando de um tour maravilhoso pelo Estádio Panathinaikos, onde os Jogos Olímpicos começaram. A alma estava satisfeita, mas o corpo, maltratado...

Acho que pegamos o happy hour grego. Os restaurantes e bares estavam lotados e os garçons pareciam sem saco pra turistas. Chegamos a sentar em outro lugar, mas fomos ignorados.


No Meatmeatmeat, uma garçonete simpática nos deu a agilidade de que precisávamos. Escolhemos um mix grill para dois. Mas como eu estava com muuuuuita fome, pedi antes uma salada grega. Para ser ainda mais rápido e preparar meu corpo para a volta de atividade digestiva.

Ainda não tínhamos terminado a salada quando chegou o prato com vários espetinhos de carne, frango, porco e as kaftas (Ops! Kebabs), além de pães, salada e batata frita.

Difícil dizer se estava realmente tão bom como estávamos achando porque o Meatmeatmeat contou com um tempero especial naquele prato: a nossa fome!

Hérica Marmo

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A doce indecisão da mulher em Atenas

Mulheres são indecisas. Não importa se elas estão reclamando que estão "morrendo de fome", porque se tiverem muitas opções vão pensar muito até a escolha.

Foi o que aconteceu no primeiro dia na capital grega. Minha mulher de Atenas entrou comigo na Xolzn (tradução livre) e com tantos doces e iguarias não sabia o que escolher.

Eu estava realmente com fome e pedi um capuccino e uma torta grega de queijo. Sensacionais. A torta era folheado recheado com queijo feta. Leve e deliciosa. O capuccino era cuidadosamente cremoso e perfeito.

Hérica após algumas idas e vindas no balcão pediu um expresso com um mínimo sanduíche de Peru. Nada criativo, mas ela disse que curtiu. Então tá bom.

Rodrigo Stafford





segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Banquete de grego para deixar saudade de Santorini


O almoço seria a nossa última refeição em Santorini e enquanto escolhíamos o restaurante comentávamos que não havíamos experimentado "aquela" comida que nos faria lembrar da ilha com água na boca. Eis que apareceu no nosso caminho a taverna Volcano Blue.

O que chamou a nossa atenção foram os menus de degustação de pratos gregos. Mas também poderíamos ter escolhido a mesa com vista para o vulcão se soubéssemos a história do restaurante. Construído dentro de uma caverna, o estabelecimento no passado era uma padaria muito freqüentada por quem passava pelo mercado de Fira (principal cidade de Santorini) para chegar ao velho porto. Hoje, a casa é especializada em frutos do mar e todos os seus pratos são preparados a partir de ingredientes tradicionais da cozinha grega, como queijo feta, vinhos e vegetais locais, iogurte e, claro, o que é trazido pelos pescadores da ilha.

Aproveitando a especialidade da taverna, optamos pelo Greek Seafood Menu e fomos nos surpreendendo com a saborosa sequência de pratos.

Para começar, salada grega com fresquíssimos tomates, pepinos, cebolas e alcaparras, temperados com queijo feta e azeite da melhor qualidade. Rodrigo chamou a atenção para as azeitonas pretas e tive que concordar: as melhores que já experimentei na vida.


Em seguida, o garçom trouxe uma tigela com água e limão e avisou: "ainda não é a comida". E quando o prato de fato chegou nos fez arregalar os olhos. Pensamos que eram ostras, o que não seria muito indicado para quem tinha uma viagem de oito horas de barco pela frente. Mas o que eles se orgulham de ser o melhor da casa, no entanto, é um mexilhão preparado com um delicioso molho, que ainda caiu bem com o pão - uma atração à parte, diga-se de passagem. Depois de uma rápida aula de como degustar o petisco, fomos ao trabalho. Ah! O limão era para não deixar cheiro de frutos do mar nos dedos. Mais um ponto!

O terceiro prato eram peixes pequenos, tipo sardinhas, fritos e servidos com um molho suave de alho e tabule. Me esbaldei com o peixinho e o pão gostoso no azeite da salada sem nem me lembrar que tinha mais.

A porção de lula e o polvo grelhados ficou praticamente inteira para o Rodrigo, que não reclamou.

E foi bom para deixar espaço para a sobremesa campeã: mel e amêndoas cobrindo o iogurte mais cremoso e delicioso que já saboreei.

Hmmmm. Depois desse banquete, me despedi de Santorini agradecendo aos deuses gregos da cozinha por nos ouvirem.

Hérica Marmo





domingo, 23 de setembro de 2012

Havia uma doceria no caminho do pôr de sol de Oía

Santorini é a filial do paraíso na Terra. O único problema são as estradas na beira dos precipícios. Para quem não sabe, a ilha é em cima de três vulcões e os acessos não são divinos.

Fomos ver o deslumbrante pôr do sol de Oía e depois de ridículos gritos e aplausos ao astro-rei nos dirigimos ao ponto de ônibus. No entanto, uma janelinha na altura das canelas chamou a atenção. Lá, descendo as escadas, havia uma doceira chamada Matévio (tradução livre) que parecia ter saído dos cinemas.

Entramos e Hérica pediu uma banana split. Eu, procurando novidades, vi no cardápio o Prickly Pear Cake, um bolo de chocolate com creme e cobertura de uma fruta nativa de Santorini (os dizeres do cardápio estão na foto). Experimentei a cobertura e não gostei muito. Achei ácida e azeda e espichei meu olho para a banana split. Mas no que misturei com o chocolate, tive a certeza que Santorini era o paraíso na Terra.

Ah, esqueci de falar que a doceira tinha uma vista sensacional e que ao entrarmos, um monte de gente veio atrás e lotou a maravilhosa doceria.

Rodrigo Stafford



sábado, 22 de setembro de 2012

Frutos do mar no primeiro dia de outono


Praia linda, sol gostoso, férias... O clima pedia uma cervejinha e frutos do mar. Depois de andar por toda a orla de Kamari, em Santorini, ficarmos indecisos entre tantas opções de restaurantes charmosos à beira mar e acabamos optando pela Taverna Alexies. O wifi pesou na escolha, confesso. Embora isso não tenha sido um problema nessa viagem.

Para começar, pedimos a cerveja grega mythos. Rodrigo foi de meio litro e eu, metade disso. E para começar os trabalhos, escolhemos camarão com queijo feta e molho de tomate. Delícia!!

No prato principal, fiquei com o risoto de camarão. Apesar de ter perdido pro prato de entrada, valeu a pena. Rodrigo se fartou num misto de frutos do mar: dois tipos de peixe, lula, polvo, camarão, batata frita e salada.

Tudo isso diante de uma vista maravilhosa no primeiro dia do outono europeu. Ai, ai... A vida é bela, não?

Hérica Marmo



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Almoço de grego com mousaka

Dia lindo, pôr do sol magnífico e uma vida perfeita. Assim é a ilha de Rhodes, com praias maravilhosas. Mas em alguma hora temos que comer, né? E foi Hérica que tomou as decisões desta vez.

No New Market, ela escolheu o restaurante Pink Panther, ou Pantera Cor de Rosa, nome que ela só descobriria após pedir o suco de laranja. Na hora do pedido, a bela surpreendeu novamente. Ela pediu uma mousaka. Um prato grego, com a aparência de um escondidinho. Dentro, batatas, berinjela e um pouquinho de carne. Ela gostou, mas achou sem sal.

Hérica só não curtiu quando lembrei que hoje vamos navegar por sete horas até Santorini. Talvez não fosse o melhor dia mousaka.

Rodrigo Stafford

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Café da manhã de parar o coração

Chegamos à Grécia! Estamos em Rhodes e para comemorar, um café da manhã de matar... Por causa do colesterol. Paramos no primeiro bar que vimos para nos localizar e pedimos um English breakfast. Primeiro só veio pão e manteiga, mas em seguida chegou: salsicha frita, ovo frito, batata frita, bacon, feijão assado, cogumelos, salada de repolho e alface. Acho que só vamos comer de novo amanhã...

Rodrigo Stafford

domingo, 16 de setembro de 2012

Um chá no fim da tarde na Capadócia

Nada mais tradicional que um chá no fim da tarde. Aqui na Capadócia, o de maçã é um dos favoritos. No Coffeedócia, ele vem todo bonitinho nesse bule transparente.

Rodrigo Stafford

Um brinde ao pôr do sol com a paisagem da Capadócia e à cozinha internacional!



Um dos prazeres que as férias me dão é a possibilidade de contemplar o pôr do sol. Não, eu não chego a aplaudir, nem mesmo me programo para acompanhar o momento. Mas, quando coincide de estar na rua na transição da tarde para a noite, eu acho bacana. É algo que me faz pensar: como é bom não precisar fazer nada! Bom, isso tudo foi para dizer que o pôr do sol nos levou ao Manzara, em Göreme.

Depois de um dia de sol escaldante e alguma caminhada, tomamos um banho e fomos procurar um lugar para comer. O almoço tinha sido ruim, então iríamos juntar o lanche com o jantar. A luz estava linda e o clima, agradável. Começamos então a olhar para os terraços mais altos. O Manzara ganhou a competição. E não apenas esta. Chegando lá, descobrimos que era também o restaurante mais arrumadinho da cidade, que tem um ar mais despojado.

O único senão foi que havia dois níveis de terraço e nós, obviamente, estávamos de olho no mais alto, mas o garçom, talvez por preguiça, nos mandou ficar no primeiro. Felizmente, o Rodrigo sabe ser bem persuasivo e sentamos exatamente onde queríamos. E valeu a pena. A vista é deslumbrante e foi uma delícia acompanhar do alto o entardecer com uma paisagem tão especial.

A melhor das surpresas, porém, foi o cardápio internacional. Nada contra a culinária local. Mas, depois de dez dias na Turquia - seis em Istambul e quatro na Capadócia - já estávamos um pouco cansados de kebabs, meatballs e afins.

Para começar, batata frita e queijo com cogumelo e molho de tomate nada picante (viva!). Como prato principal, pedi tagliatelle ao funghi e Rodrigo, frango ao chili, com um tempero parcido com o mexicano, com um toque adocicado (e que era apimentado até no cheiro). Tudo isso acompanhado de cervejas Efes. Afinal, tínhamos muito o que brindar!

Hérica Marmo










Doces antes da longa caminhada

Um prato de sobremesas turcas. Gergelim, pistache, ovos, arroz, chocolate e muito açúcar. E vamos andar pra queimar as calorias!


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Queremos mais é ficar debaixo da ponte


Morar debaixo da ponte é sinônimo de pobreza ou fruto de uma ação que não deu certo. No entanto, comer debaixo da ponte em Istambul, pode ser um grande achado quando tudo parece estar fora da ordem.

Vou ser honesto com vocês. Estávamos atravessando a ponte de Galata, crente que estávamos abafando no lugar onde Europa e Ásia são separadas. Nada disso (todas as fotos jamais chegarão ao público) . Era apenas uma ponte separando duas partes europeias da principal cidade turca.

Por acidente chegamos ao local recomendado pelo hotel e fica literalmente debaixo da ponte. E foi uma grata surpresa. Diante de inúmeras opções e insistentes convites para conhecer os restaurantes (um dos caras quando soube que eu era brasileiro até me perguntou se o caso do goleiro Bruno era verdade), sentamos no Kupa.

Lá, pela primeira vez na Turquia, experimentei a cerveja Effes. Encorpada e gelada (algo raro) caiu perfeitamente com a vista do Torre de Galata de um lado e da Mesquita Novado outro. Na hora de comer, escolhi Balik Kavurna, uma fritada de peixes, sensacional. Hérica foi de Cassarola de frutos de mar e foi só elogios.

Ao fim, Hérica anda ganhou um chá de maçã como cortesia e combustível para continuarmos nossa perigrinação por Istambul.

Rodrigo Stafford


Frutas para refrescar e aliviar a consciência


Antes de viajar, li que a Turquia era o segundo destino turístico que mais engorda os visitantes no mundo (o primeiro é o Chipre). Diante das frituras, comidas gordurosas e sobremesas irresistíveis dá pra entender a posição do país nessa pesquisa. Mas minha eterna dieta teve uma saborosa surpresa em Istambul. Além do já citado delicioso e onipresente suco de laranja natural, em cada esquina da cidade você esbarra com uma barraquinha de frutas. Melancias em pedaços e abacaxi no palito são vendidos como opções refrescantes e menos engordativas às tentações turcas. Eu me senti em casa e com a consciência menos pesada. Pelo menos até chegar à Grécia, em quinto neste ranking calórico...

Hérica Marmo





quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Nem tudo é doce. Nem a sobremesa




Último dia em Istambul e tínhamos uma luta contra o tempo para conseguir ver o Palácio do Sultão, o majestoso Dolmabahçe , almoçar e ir para o aeroporto pegar um voo para Capaddocia. Ao fim do passeio, resolvemos comer no café do próprio palácio, com uma linda vista para o Bósforo.

Pedimos pratos simples, mas quem disse que foi fácil? Num restaurante hiperturístico, a maior dificuldade era que alguém falasse inglês - aliás, fora de Sultanahmet, o bairro mais visitado, não é tão simples a comunicação com os turcos. O terceiro garçom, consultado se a comida era picante,  respondeu: " Everything is spice" ( Tudo é picante). Felizmente, ele estava apenas repetindo a palavra que usamos, sem ter idéia do significado. Eu pedi um doner (kebab) e Hérica, bolas de carne. Ambos nada apimentados.

O grand finale foi na escolha da sobremesa. Queríamos algo típico, mas não tínhamos tempo para esperar um garçom que soubesse inglês (o restaurante estava cheio). Olhamos as fotos no cardápio e optamos pelo tavuk gogsu , sem ter a menor pista do que se tratava. Pois bem... É até complexo descrever, mas parecia um mingau, com canela por cima e a consistência de um queijo ruim. Era meio mole e grudento, difícil até de partir. Hérica desistiu na segunda colheirada. Eu fui até o fim. Grande erro. A sobremesa ficou revirando no meu estômago por horas e foi comigo para a Cappadocia.

Pior foi depois descobrir que o tal tavuk gogsu é feito de leite, leite condensado e... peito  de frango! Eca!

 É, nem sempre a vida é doce, né?

Café da manhã saudável em Istambul

Pouco a dizer, muito a mostrar. É o café da manhã no último dia de Istambul. Uma pizza de ovo com pepperoni turco. E o pior. Está uma delicia!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

I'm not a spice girl - ou como é difícil sobreviver à pimenta na Turquia


Escolher um prato em Istambul é um perigo se você é uma pessoa com pouca tolerância à pimenta. Como eu já sabia que um dos carros-chefes da culinária turca é justamente o tempero ardente, a primeira pergunta que faço ao escolher o que comer é: "Is it spice?". O problema é que o conceito de picante deles é diferente do meu e na primeira garfada no "any spice at all", minha língua já começa a arder e... lá se foi o gosto da comida. Juro que não é frescura. Adoraria saber saborear um prato apimentado. Mas o meu paladar é fraquinho, infelizmente.

Por conta dessa, digamos, limitação, o Rodrigo se tornou meu provador oficial na Turquia e, pior, muitas vezes o coitado abre mão do prato que ele escolheu para salvar a minha refeição. Foi o que aconteceu no ótimo Rumist, em Sultanahmet - ambiente aconchegante, bom atendimento e opções de lanches bacanas.
O Rodrigo saiu do hotel com vontade de comer kebap (equivalente ao sanduíche Kebab que comemos pelo mundo, só que o da vez era servido no prato) e eu quis provar uma pide, a pizza deles.

Pedidos feitos, eu fui premiada com a especial Konya, que o simpático garçom disse ter apenas queijo e um inofensivo molho à bolonhesa. Só não convenceu a minha língua, que teimou em queimar. Uma pena porque estava curtindo a massa, fininha e crocante. Mas pior foi para o Rodrigo, que teve que deixar o kebap misto (que, aliás, estava bem gostoso) para outro dia... É ou não um cara para casar?

Hérica Marmo



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Um chá turco no labirinto do Grand Bazaar

Aberto em 1461, o Grand Bazaar é ponto de visitação de nove em dez turistas em Istambul (honestamente não sei o que o outro faz). Para quem pensa em uma grande Uruguaiana, lêdo engano. O Grand Bazaar é extremamente limpo e organizado.

Mas no Pra Viagem o que interesa é a comida. Foi nesse grande ponto turístico que tomamos um chá turco (Çai, na língua local). A bebida tem em todos os cantos da cidade e é mais barata que o café.

Parece um chá preto, bem forte com um fim um tanto quanto amargo eles tomam pelando o dia inteiro, com açúcar em cubinhos. Enquanto os ingleses se aproveitam da falta de calor na terra darainha para se deliciar, para os turcos não importa e com 40 graus nos termômetros, eles estão bebericando. O chá no Grand Bazaar pode ser uma bela desculpa para descansar as pernas do labirinto de compras que parece não ter fim.

Eu curti e pretendo implementar no Brasil assim que voltar.

Rodrigo Stafford

domingo, 9 de setembro de 2012

Suco de laranja, a verdadeira bebida dos sultões na Turquia



Brasil e Estados Unidos dominam cerca de 45% da produção de laranja do mundo, mas não conseguem fazer um suco de laranja tão gostoso como o da Turquia. Doce e cítrico na medida certa, a bebida é perfeita para refrescar e apaziguar o forte calor do país.

Em Istambul, os preços variam entre 2 e 8 liras (semelhante ao real), o que não é lá muito barato, mas vale cada centavo. Os turcos espremem a laranja em uma máquina parecida com uma manivela, que faz aproveitar todo o caldo da fruta.

Sucos de laranja na Europa e EUA quase sempre são industrializados, com aquele gosto amargo da casca. O engraçado é que ao pesquisarmos sobre a Turquia, não vimos sequer uma citação a essa fruta digna dos sultões. Uma ótima surpresa.

Rodrigo Stafford