sábado, 23 de agosto de 2014

Onde está Wally? Ou o restaurante?

Nosso almoço de estréia em Tóquio foi uma grande epopeia. Pesquisamos antes, do hotel, onde e o que queríamos comer. Escolhemos um all you can eat japonês que parecia bem interessante, cabia no tamanho da nossa fome e era perto de onde estávamos. Anotamos o endereço, checamos a localização no mapa e partimos. Mas... Quem disse que a gente conseguiu entender a lógica da numeração dos prédios?!

Depois de andar de um lado por outro, tentar decifrar os poucos números e letras entre um mar de ideogramas, acabamos escolhendo um restaurante com fotos de pratos que pareciam apetitosos. Contou para a decisão a mocinha que segurava na porta do prédio o cardápio com as fotos e preços - também estamos perdidos na conversão e no poder de compra do iene. Depois de nos mostrar suas opções e fazer sua incompreendida propaganda, a japonesinha nos acompanhou ao oitavo andar do edifício, onde ficava o restaurante. Nessa rua de Shinjuku - bairro em que estamos hospedados - a maior parte dos restaurantes fica no alto dos prédios. O nosso era no 8F. Descobrimos que esse F era andar, depois de várias especulações. Mas também vimos alguns 2B, 3C... Novas descobertas serão atualizadas aqui...

Sentados em almofadas e sem sapatos, bem ao estilo japonês que já conhecemos, descobrimos que o restaurante era do tipo que o prato é preparado à mesa. Entre nós dois, uma chapa quente onde nossa comida seria despejada. Do menu inglês que providenciaram, demos preferência aos que eram identificados como pratos populares da culinária local.

Rodrigo escolheu mix monja, com ovo, camarão, carne de porco e um creme que não conseguimos identificar. Foi fácil preparar. Como o ovo dá liga, logo conseguimos dar forma a uma espécie de omeletão japonês. A dica do garçom que arranhava inglês deu mais sabor à comida: misturar um molho que parecia o de yaksoba e maionese. Ficou bom! E não foi muito difícil comer com hashi, o talher japonês.

Aí veio o meu prato... Okomiyaki: camarão, carne de porco, repolho... Nada de ovo e, em vez de creme, um caldinho branco. Tive a infeliz ideia de derramar o líquido na chapa e esfumaçou tudo. Foi a deixa pra garçonete vir e nos ajudar no preparo. Ela despejou a parte sólida e picou tudo em pedaços bem pequenos - e cada vez que ela fazia isso eu me perguntava como ia comer de palitinho. Depois, fazia um buraco e jogava o caldo no meio, com shoyo e misturava de novo. Fez isso umas três vezes e nos entregou a comida. A cara não ficou muito boa, mas eu que sou chegada a fazer essas misturas em casa, curti.

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